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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Motociclistas reuniram-se em protesto contra a implementação das inspecções às motos


Com forte adesão de Norte a Sul do país e ilha da Madeira, foram muitos os motociclistas que se fizeram ouvir pelas cidades de Lisboa, Porto, Faro, Castelo Branco e Funchal, em protesto contra a forma como se pretende implementar as inspecções obrigatórias às motos.


O GAM-Grupo de Acção Motociclista uma vez mais mobilizou os motociclistas para uma causa que a todos diz respeito, alertando para o aproveitamento económico e para a ligeireza  com que os responsáveis pelo sector das inspecções pretendem transformar em lei as inspecções às motos, sem que para tal haja todo um trabalho preparatório conjunto com os motociclistas e demais entidades responsáveis, de modo a que as mesmas promovam sobretudo a segurança de todos.

Também uma vez mais nós motociclistas, soube-mo-nos unir e demonstrar civilizadamente a nossa indignação e protesto.

Estivemos no Porto com a malta do Moto Clube do Porto que deram precioso apoio, no estacionamento e orientação da longa caravana pelas ruas do Porto, após as palavras de esclarecimento e agradecimento, pela forte adesão à manifestação.

Esperemos agora que o bom senso impere e os responsáveis entendam que os motociclistas não são contra as inspecções às motos mas sim contra a precipitação na sua implementação, bem como até que ponto se justificam, quando os estudos apontam para percentagens muito baixas de sinistralidade atribuídas aos motociclos.







Em Lisboa foi entregue aos deputados na Assembleia da República o seguinte manifesto:




MOTOCICLISTAS CONTRA A FARSA DAS INSPECÇÕES ÀS MOTOS

RAZÕES DE PROTESTO

Aos Grupos Parlamentares da Assembleia da Republica Portuguesa

Solicitamos à Assembleia da Republica Portuguesa que acompanhe esta questão das inspecções às motos para que o governo, em vez de penalizar os motociclistas sem qualquer contrapartida, preserve e até incentive a utilização de um meio de transporte cada vez com maior aceitação social, devido às suas grandes vantagens em termos de mobilidade, economia financeira e de recursos energéticos, com consequentes vantagens ambientais, assim como, economia de espaço sobretudo nos grandes centros urbanos, onde este é um problema crescente e de muito difícil gestão.

Assim:

- Estranhamos que o anúncio do início das inspecções às motos tenha sido feito pelo presidente da Associação Nacional dos Centros de Inspecção Automóvel (a ANCIA que tem óbvios interesses económicos directos na situação), e não por elemento do governo com poder de tomar essa decisão. Não é conhecida uma posição clara do governo sobre esta matéria.

- Os motociclistas não estão contra as inspecções periódicas e obrigatórias às motos! Não aceitam é que as inspecções sejam movidas, única e exclusivamente, por meros interesses económicos e que se tente justificar esta decisão com falsos argumentos de segurança.

- Os motociclistas são a favor das inspecções desde que estas representem uma mais-valia efectiva para a prática do motociclismo. O que não se prevê considerando até o panorama das “inspecções periódicas obrigatórias” em vigor para outros veículos.

- Os motociclistas querem ser parte integrante do processo, contribuindo com a sua experiência para tornar as inspecções efectivamente relevantes.

- Os “Centros de Inspecção” devem ter algum grau de responsabilidade posterior e inerente ao acto de aprovação de um veículo numa inspecção. Um acidente de um veículo “inspeccionado” provocado por alguma falha mecânica, deve ser devidamente analisado e no caso de ser detectada negligência no acto da inspecção deve-se responsabilizar quem a fez.

- Queremos preservar a cultura motociclista, nomeadamente na área da personalização de motos, o que acontece na maioria dos casos através de processos de autêntica reciclagem de motos já fora de circulação, mas que, devidamente recuperadas e remodeladas, voltam a reunir condições para rodarem, regra geral, até com melhorias significativas em termos de segurança. Deve-se ter em atenção que esta é uma área empresarial no nosso país que dá trabalho a muita gente.

- Não existe legislação que permita as inspecções no imediato! Neste momento, está por publicar a portaria que fixa as condições e datas de implementação que, por seu turno, está dependente do processo de aprovação das condições dos centros de inspecção para a vistoria de novas categorias de veículos.

- Foi dito pelo presidente da ANCIA que as inspecções teriam início a 1 de Outubro e até falou no custo de 12,50 € mais IVA mas não falou do que é realmente importante: quais os parâmetros a avaliar ou os intervalos temporais dessas inspecções. A preocupação maior (a única defendida pela ANCIA!) prende-se com a necessidade de rentabilizar o equipamento já instalado por muitos centros de inspecção. Porque fizeram esse investimento se não existia qualquer legislação nesse sentido? Quem ditou as regras das inspecções, nomeadamente quais os parâmetros a avaliar?

- O Código de Estrada possui regras bem claras quanto às condições que cada veículo deve exibir para circular na via pública, nomeadamente quanto a luzes, piscas, espelhos, estados dos pneus, documentos, etc. Assim, questionamos se as inspecções serão apenas uma forma de controlar o trabalho das polícias?

- Quanto ao facto de quererem ver as inspecções alargadas a todos os motociclos e ciclomotores desde os 50 cc, o responsável da ANCIA foi claro ao dizer que esta seria a única forma de amortizar os elevados investimentos feitos pelos centros de inspecção. Nunca falou na questão das mais valias que esta medida poderia trazer para os motociclistas; certamente porque tem consciência de que não existem nos moldes como está a ser preparada.

- Recorde-se que a redacção de uma Norma Comunitária sobre inspecções às motos ficou adiada até 2022, precisamente por falta de consenso a nível do Conselho da Europa; segundo estudo efectuado na Comunidade Europeia, apenas menos de 3% por cento dos acidentes com motociclos são causadas por falhas mecânicas, o que não justifica minimamente a relação custos/benefícios da implementação das inspecções.

- Apenas mais um pormenor de alguma importância para outros que não andam de moto. Assim, não quisemos provocar qualquer incómodo aos restantes cidadãos que têm de se deslocar em dias de trabalho no Porto, Lisboa, Faro e Funchal, por isso, marcámos esta acção de protesto para um domingo à tarde; precisamente para criar as mínimas complicações aos outros utentes da via pública.

-Agradecemos a vossa atenção ao exposto na esperança de que possamos contar com o vosso apoio nesta causa de defesa das motos e dos motociclistas.

GAM-Grupo de Acção Motociclista

Antonio Manuel

www.facebook.com/gamportugal
Artigos comunicação social e outros:

4 comentários:

  1. Mais um vídeo da Manif - Lisboa

    https://www.youtube.com/watch?v=GWkJwfym7-4

    Cumprimentos

    Rui Parreira

    ResponderEliminar
  2. Obrigada pela partilha
    Eu estive em LX, e embora não fosse o melhor dia para mim, pois tive que desmarcar uma serie de coisas... mas disse a mim mesmo:

    - Dia 19, se eu não for, porque alguém irá por mim, e se todos pensarmos assim! então quem é que vai lá estar??

    e fui... e gostei da harmonia que demonstramos e da unidade que se viveu e que se vive...

    ABR
    (Edgar)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É de facto muito importante que todos participem, para que os nossos direitos sejam defendidos.

      Foi sem dúvida mais uma grande demonstração de civismo e união. Estamos todos de parabéns!!!

      Abraço
      A.Costa

      Eliminar